Ainda bem que foste tu. Ainda sem motivos.
Mas ainda bem que foste tu, que foste tu que quiseste ir embora.
Eu nunca seria capaz de o fazer, e isso iria matar-me.
Ainda mais, durante mais tempo. Até à próxima vez, que provavelmente no primeiro minuto me faria fugir, mas no segundo a seguir já estava a duvidar da minha existência sem ti. E voltava. Voltava sempre. E iria voltar da próxima vez. Porque tu és assim. Fazias os erros mas fazias-me duvidar das minhas convicções por te querer demasiado, por achar que tinha sido só mais aquela vez, que a partir de agora ia ser diferente.
Ainda bem que foste tu que foste embora.
Tenho a certeza que foi a vida a mostrar-me que não se deve desistir mas que também não se deve insistir para sempre. Que a boa vontade não chega para unir dois corações, que ninguém muda ninguém. É uma batalha perdida desde início. Eu agora sei. Eu agora vejo que tudo não passou de uma ilusão minha, onde eu te iria transformar na pessoa que eu queria, que eu achava que precisava na minha vida.
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