esquecer de esquecer

parei de mentir a mim própria.
mas tentei, a sério que tentei. tentei odiar, tentei ganhar raiva, tentei não me lembrar do nome, do rosto e do cheiro. tentei parar de desejar que voltasse, tentei esquecer os momentos felizes e relembrar os menos bons, tentei não me lembrar a cada minuto das promessas feitas.
a sério que tentei. tanto que quase consegui.
e foi aí que parei.
estava quase a conseguir e eu não quero conseguir. não vale a pena. eu não quero conseguir esquecer o teu nome, o teu rosto e o teu cheiro.
eu não quero. chamem o que quiserem. em jeito de loucura, negação e até insanidade, pode realmente ser tudo.
mas eu prefiro chamo-lhe amor. porque é o amor da minha vida. aquele que agora está só na minha memória. mas eu ainda fecho os olhos e imagino com muita força o riso no meu ouvido, o beijo e o toque. e eu sinto. na minha memória é tao real que eu sinto.
e é por isso que eu não quero esquecer. enquanto eu me lembrar de ti, vais viver sempre em mim.
ainda que o sofrimento e a saudade dure uma vida, em espécie de morte lenta e dolorosa.
eu não sei esquecer o amor da minha vida.
se não te posso ter aqui, vou esquecer-me de te esquecer.

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