Perder-te não estava nos meus planos - 16ºParte

Com o cair da noite, liguei à minha mãe a contar o que se tinha passado, informei-lhe que não ia jantar e  que o mais provável era não ir dormir a casa.
'Mãe?'
'Sim filha, onde é que tu andas, já não devias estar em casa?'
'Devia, mas estou no hospital'
'No hospital?! O que é que te aconteceu?!'
'A mim nada, foi ao Duda'
'Ao Duarte?'
'Sim, está insconsciente mãe'
'Ai minha nossa senhora, porquê?'
'Foi assaltado mãe,e eu não devo ir dormir a casa, está bem?'
'Claro filha, assim que puder passo aí no hospital, entretanto vai-me mantendo informada'
'Tá. Xau mami'
Adormece-mos as três na sala de espera, e só acordamos na manhã seguinte.

Já de manhã, acordei, e rápidamente dirigi-me a uma enfermeira que por ali andava, esqueci-me é que tinha acabado de acordar, logo a minha figura não devia ser a mais digna de se ver logo pela manhã mesmo num hospital e então interpelei a primeira que me apareceu pela frente.
'Bom dia, sabe-me informar do estado do Duda? Quer dizer, do Duarte Silva, do quarto 210? Ele estava, quer dizer acho que ainda está inconsciente, e eu queria saber como é que ele está, se passou bem a noite, se já acordou, se..'
'Ei calma, que agitação logo de manhã, fala mais devagar se não, não percebo nada do que estás a dizer. Mas como é que se chama mesmo?'
'Duarte Silva'.
A enfermeira coitada não foi antipática, mas a minha disposição naquela altura não era a melhor, porque: Hello, era de manhã, tinha acabado de acordar e estava ancisosa por noticias, sim? É dificil de entender? Tinha alguma coisa de refilar com a minha maneira de falar?
'Vou saber, aguarda um pouco, já cá passo.'
Voltei para o sitio onde tinha dormido e fui a falar sozinha. 'Olhá agora, que lata, eu falo depressa, e depois?'

(...)