ainda

Hoje já não me aflige. Hoje já não temo. Hoje já me habituei. Não há outra hipótese. 

Se calhar não é o melhor para mim, nem para ti. Se calhar não era isto que tinha em mente, aliás, não era mesmo. Mas hoje é o que temos. As vidas seguem. Cada um com o seu rumo, com o seu destino. É assim mesmo. Custa-me, mas isso vai custar-me sempre. Então que fique só as coisas boas. As coisas maravilhosas. E agora o que vier é de acréscimo ao passado. Não que me contente, mas já me basta. Por agora é o suficiente. E se o é agora, cada vez vais ser mais. Ou cada vez vou ter menos de ti. Mas é assim mesmo. Vamos ver. Vamos ver se o tempo é nosso amigo. Só nunca me vou é esquecer de nada, se não, se não não estava ainda a escrever para ti.