Perder-te não estava nos meus planos - 30ª Parte

'Olha amanhã voltamos para Portugal cedinho está bem? Quero estar lá o mais possível, já que depois tão cedo não ponho lá os pés.'
'Que exagero Duarte, mas sim vamos cedo para não apanharmos calor no autocarro.'
'Então vá vamos jantar, porque depois escurece muito e não sabemos voltar para a residência.'
'Realmente, não convinha muito. Olha estás a ver aquele restaurante? O último a chegar é um ovo podre.' Disse-lhe já enquanto começava a correr.
'Ai é? Já vais ver então quem é o ovo podre.' E dito isto desata a correr e não foi preciso muito para me ultrapassar, apesar de eu levar vantagem sobre ele.
'Cheguei, ganhei!'
'Oh não vale, tu corres muito.'
'Oh pronto, chega aqui que eu dou miminho.'
E fui apressadamente enroscar-me nos braços dele, como se de uma criança se tratasse quando faz birra que só passa quando chega ao colinho da mãe.
'Gostas de mim, mesmo sendo um ovo podre?'
'É um bocadinho dificil, digamos, mas vou tentar, prometo.'
Fiz beicinho.
'Não me faças essa cara míuda, não cedo facilmente.'
'Estúpido. Vamos comer, anda!'
Saímos do restaurante e seguimos caminho para a residência, não podiamos abusar da boa vontade da senhora e chegar muito tarde.Alegremente dirigimo-nos para o quarto, e deixámo-nos cair para trás na cama. Estávamos exautos. Andar por Barcelona cansou. Derrepente o Duarte levanta-se para ir trancar a porta do quarto.
'Estás com medo que nos assaltem, é?'
'Não, não é bem isso.' Dito isto sentou-se novamente na cama e abraçou-me. Seguiram-se depois os beijos pelo corpo e um leve empurrão no meu ombro para me deitar. Assim fiz enquanto o meu coração batia a mais de mil. Ele ia mesmo fazer aquilo que eu estava a pensar? Eu não estava preparada. Quer dizer estava, mas naquele momento não, apanhou-me completamente desprevenida e não sabia o que fazer nem sequer o que dizer. Fechei os olhos e deixei-me levar.

Já de manhã, acordada por beijinhos do Duarte, inevitavelmente acabei por despertar.
'Estás bem?' Esbanjando um sorriso matinal encantador.
'Estou sim.Obrigada meu amor' Digo-lhe abraçando-o no pescoço.
'Estás arrependida?' Perguntou acariciando-me o cabelo.
'Claro que não Duarte. Estou muito, muito feliz.' Proferi enquanto senti um suave beijo nos lábios.
'Já viste as horas? Temos de ir embora!'
'Pois é, ai vamos. A senhora ainda nos vem buscar pelas orelhas.'
E assim foi, saimos da residência para irmos apanhar o autocarro que nos iria trazer de novo para Portugal. A viagem passou relativamente depressa porque adormecemos os dois. Assim que chegámos cada um de nós foi à sua respectiva casa visitar as mães e depois rapidamente arrancamos de novo para a casa junto da praia onde tinhamos estado à poucos dias. Eram os ultimos dias de férias, que por sinal iriam ser os nossos ultimos dias juntos. Aproveitámos cada minuto,aliás cada segundo do dia como se fosse o último.


P.S : Em principio esta será a penúltima parte. Fiquem atentos, o fim pode ser uma surpresa :)
P.S2: Peço uma vez mais desculpa pela demora a postar, e não estar nada de especial :|

4 comentários:

Sara C. disse...

Estou curiosa para a próxima parte.
Gostei.

Ana Rita disse...

Gosto muito :) Parabéns !

adriana martins disse...

continua, ando a adorar a tua historia, ESTA LINDA!

Insónias disse...

Olá, recentemente criei o meu blog intitulado de insónias que será um livro, que quero compartilhar também contigo. Adorei o teu blog, e estou de momento a seguir! quero muito saber o final! beijinhos querida*