Perder-te não estava nos meus planos - 25ªParte

[Peço desculpa pela demora da 25ºParte mas tem sido impossível parar um bocadinho para me dedicar ao blog. Espero que gostem e deixo um bocadinho de suspance para a próxima parte. Espero que estejam a ter uma boas e merecidas férias (: ]


Jantámos e a noite passou-se. Deitamo-nos tarde e não tardou muito para nascer o dia.
Era dia de aulas, mas ele não foi. Achamos todos melhor, ele ficar pelo menos um dia em casa, para poder voltar em pleno. Eu tive de ir, fui justificar as minhas faltas e levar um papel para a directora de turma do Duarte, lá do hospital.
Durante sensivelmente uma semana, não se passou nada de especial para ser contado. A não ser claro, o regresso às aulas do Duarte, que foi recebido por todos com uma mini festa preparada pelo pessoal da turma dele, onde o meu único trabalho foi tirá-lo do bem bom de casa,entretanto as tão ansiosas férias chegaram, finalmente.
A partir daí comecei a notá-lo um bocadinho triste, deixei passar um dia, dois dias, até que ao terceiro não esperei mais e fui falar com ele, combinei então em casa dele.
'Duarte, o que é que se passa? Andas triste, o que é que aconteceu?'
'Nada.'
'Mau, nada não. Detesto que me digam isso quando está na cara que algo não está bem.'
'Deixa, isto passa.'
'Deixa tu de ser parvo, andas assim à tempo suficiente para me deixares preocupada, caramba.'
'Epá não quero falar! Posso ficar sozinho?'
'Não.'
'Vá lá, estou-te a pedir.'
'Tenho o telemóvel ligado, alguma coisa liga. Xau.' e saí porta fora do quarto.
Estava preocupada, mas também só tinha de respeitar o espaço dele. Saí praticamente a chorar, nunca o tinha visto assim mas quando estava a abrir a porta de entrada, apareceu a mãe dele.
'O que é que te aconteceu querida?'
'A mim nada, mas ao Duarte não sei, ele não me conta!'
'Ah pois.'
'Sabe de alguma coisa?'
'Não não.'
Digamos que não fiquei convencida com aquele ''não não'' mas não insisti.
'Eu vou-me embora então, mas se ele quiser falar ligue-me a qualquer hora, diga-lhe isso por favor.'
Fui então para minha casa, estava triste, mas para além disso estava preocupada. Lembrei-me que não tinhamos combinado se iamos ou não juntos para à escola ver as notas e então mandei um sms:
"Duarte, amanhã encontramo-nos na paragem para irmos para à escola?"
Não tive resposta, só de manhãzinha vi que tinha uma mensagem que dizia:
"Não, vai sozinha eu depois vou lá ter."
Assim fiz, apanhei o autocarro e fui, ainda tive esperaça que lá aparecesse mas não, cheguei à escola sozinha e entretanto apareceu a Joana.
'Então essas notas?'
'Não sei, acabei de chegar vou ver agora.'
'Então e o Duarte?'
'Não sei.'
'Não sabes? Como não sabes?'
'Não sei ponto.'
'Mas acabaram?'
'Não, mas ele anda-me a evitar e eu não sei o porque.'
'Crises de adolescência, não ligues.'
'Não é isso, a Dona Ana também anda estranha.'
'Pegou-lhe.'
'Ai Joana, desculpa mas hoje não estou virada para as ironias, vou lá ver as notas, quero-me despachar.'
Durante o tempo que lá estive, nem sinal de Duarte, soube apenas que ele lá esteve porque a Joana mandou-me uma mensagem: "Vi o Duarte hoje, não me pareceu muito bem de facto, desculpa aquilo de manhã, não queria que ficasses chateada."
Respondi-lhe: "Oh desculpa Joana, fui bruta, mas eu não sei o que se passa com ele, estou bué preocupada :| "
Joana: "Vai falar melhor com a mãe dele, pode ser que se abra um bocadinho mais, sei lá."
"Pois secalhar vou fazer isso, amanhã vou lá a casa dele, quando ele não estiver lá. "
Joana: "Sim faz isso, depois conta-me."
Já nem me apeteceu responder, só vinham ideias parvas à minha cabeça do que realmente podesse ter acontecido, mas fosse o que fosse era grave o suficiente para ele ter aquela atitude. Fui então a casa dele, aquela hora ele estaria no skate park, por isso a Dona Ana estaria sozinha.
'Posso falar consigo Dona Ana?'
'Claro, entra estás à vontade.'
'Desculpe estar a insistir no assunto, mas o que é que o Duarte tem? Estou preocupada, ele nunca me fez isto. Foi alguma coisa que eu fiz?'
'Não minha querida, não penses isso.'
'Então penso o que? Ele já não gosta de mim, é isso?'
'Claro que não! Isso é um absurdo!'
'Então Dona Ana, por favor diga-me, eu quero mesmo ajudá-lo.'
'Ele pediu para não te contar minha querida.'
'Opá mas porque? A sério, já não percebo nada, estava tudo tão bem!.'
'Ele está a fazer isto para te proteger.'
'Proteger? Mas proteger do que?'
'Nada nada... ai eu não te devia contar!'
'Por favor.'

(...)

2 comentários:

Sara Cardoso . disse...

quero mesmo a continuação , muito !

Sara C. disse...

Ele vai-se embora? o:
amei, quero a continuação :b